Era uma tarde avermelhada quando a conheci.
Eu estava encostado na mureta que acompanha o rio que corta a cidade, pensando nos meus problemas, ouvindo aos lamentos da guitarra de blues, quando ela apareceu.
Os longos cabelos escuros como a noite caiam delicadamente sobre seu rosto, os olhos verde escuros de uma criança que acabou de chorar e um sorriso tão belo quanto o por do sol que ocorria naquele exato momento.
Ela estava debruçada na mureta a pouco mais de meio metro, cantando baixinho.
Meu coração disparou, minhas pupilas dilataram, minhas mãos começaram a suar (o clichê de todo romântico), sem saber o que fazer diante de tamanha be